terça-feira, 6 de janeiro de 2015

UM DEUS É UMA IDEIA


Primeiramente se faz necessário dar um significado para o tema que pretendo explorar, ou, porque não dizer, conhecer. Pois bem: DEUS – (1) Entidade Suprema que detém poder e controle sobre os homens e a natureza; divindade. (2) Segundo religiões monoteístas, é o espírito infinito criador e preservador do universo.
Assim, segundo o dicionário, somos diretamente controlados por algo do qual supomos existir.
Mas, antes de tudo, me pergunto o que é um deus? Acredito que a definição anterior não sacia tal questão uma vez que apresenta seu significado não como hipótese, mas, sim, como lei. Somente em sua segunda parte de definição ele tenta se aproximar da possibilidade se mantendo imparcial.
Contudo, a um questionador das certezas, não é suficiente afirmar o infinito sem que lhes permita uma real e clara possibilidade de afirmação através de pesquisa, estudos e observações.
Não é intento negar “deus”; o objetivo pretendido neste momento é afirmar ao meu leitor que deveras interpretamos a “ideia deus” à nosso entendimento. Agora, longe do conceito formulado te pergunto o mesmo que antes: o que é um deus?
A meu ver, toda coincidência do universo, todo caos, tudo que tomou uma forma está e é como o é, porque deveria estar ali e ser nada mais do que é. Estou falando que tudo tende a ser o que é desde o principio. Tudo está em perfeito equilíbrio com sua origem e fim. Mas, ai, o que se pode dizer? Que é pura coincidência? Que é tudo planejamento? Que a vida é reflexo do caos de outrora? Em minhas palavras não ouso nada dizer, a não ser que “eu acho”, que “eu interpreto”, que “eu entendo” que seja conforme o apresentado.
Contudo, meus semelhantes, nem todos pensamos ou agimos do mesmo modo. Somos motivados em tudo nesta vida por circunstâncias diferentes. Alguns temem a morte. Já outros temem mesmo é a vida. E em dado momento da história alguém foi motivado a crer que tudo o que não é explicável é obra do próprio inexplicável, que com o passar dos tempos, das muitas inspirações, dos desejos, etc., deu-se por “deus”. Agora temos uma resposta mais clara, porém, básica para a pergunta inicial; dela concluímos que deus é a tentativa de interpretar o mundo.
Logo, um deus, é a representação figurada, imaginada pela humanidade, de algo que existe além da falta de interpretação. Um deus é a resposta mais simples de se concluir uma visão de mundo.
Quando nossos antepassados, ignóbeis de ciência e nada doutos de conhecimento cientifico olhavam para os céus, eles viam imagens que sempre se repetiam e cada uma trazia “males” e “bênçãos”. Entenda, quando viam uma espessa nuvem chegando, densa e carregada magneticamente, repleta de raios e trovões, entendiam, mesmo sem ciência do que se tratava, que grande “tormenta” se aproximava. Noutro momento o sol que destruía a lavoura e trazia a sequidão também ajudava no crescimento das plantas e das espécies. A lua, mudando sempre sua posição nos céus, com formatos que se alteravam regularmente e repetidamente influenciavam nos níveis dos mares e auxiliava nas caças e translado noturno. As estrelas guiavam muito antes do advento pré-tecnológico tal qual o sextante que marcava o azimute.
Assim é fácil entender como a natureza influenciou na criação dum deus que hoje assume tantas formas que creio não ser possível em livros catalogar. A falta de ciência para este povo primitivo foi fundamental para que tudo o que não poderia dizer o que é ou mesmo interpretar era obra de deus.

NASCEU A IDEIA DEUS.

Desta ideia, pura em sua origem, compartilho sentimentos, pois vejo tudo que existe, e digo tudo, inclusive a nós, como uma incógnita do cosmos e que toda formação é de fato deus. CALMA, se eu pudesse expressar este termo em outras palavras que vocês pudessem facilmente compreender, jamais usaria este com que vos falo, pois atualmente está deturpado em seu sentido.
Penso quão bom seria se o homem jamais o tivesse conceituado. Quantas guerras não  teriam sido evitadas? Quantos homens mesmo morrendo teriam vivido de verdade sem as algemas da escravidão (física e psicológica)?
Mas a sociedade se formou, pensamentos foram compartilhados e leis foram criadas para punir transgressores. Mas te pergunto transgressores de quê? Senão da própria moral dita civilizada. Criada para castigar homens que pensassem fora do ideal coletivo.
Culpa da natureza então? Por ser encantadora? Por trazer o sol e a chuva? Por tentar se apresentar ao homem, tentando como uma mulher apaixonada ser notada? Por suas horas de alegria e dor? NÃO! Não há culpados. Tudo acontece, onde deve acontecer, por seu próprio motivo. Não procure culpados; procure saídas.
Você viu aqui o que é um deus e como foi concebido pelo temor ou mesmo respeito do homem sobre o que não sabia dizer o que é. Mas nos nossos dias, nós conhecemos a ciência e temos tantas quantas respostas palpáveis quisermos, mesmo que não sobre tudo. Descobrimos o movimento da terra, sua forma ovalada e até podemos dizer com precisão o que forma o centro do sol. Deixamos com isso de divinizar o antigo desconhecido. Mas ainda cultuamos  o lugar que a ciência “ainda” não chegou. Talvez  em um século nossos deuses já nem sejam mais os mesmo, mas lamento saber que mesmo assim sempre seremos servos da religião.


Concluo: UM DEUS É UMA IDEIA.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

“COMO A TI MESMO”


Uma humanidade negociável. Uma moral corrompida. Assim caminhamos em direção a nossos dias finais. E, a julgar pelo que meus olhos permitem, não vejo redenção tão próxima. Sucumbiremos ao princípio de tudo, o NADA. E mesmo contemplando a brevidade que há na vida desfaleceremos atados a arrogância.
Porque quanta vaidade há na bondade. Quanta superioridade se esconde no bem que tentamos fazer. Por certo, no mínimo, é uma tentativa de redenção do mal que praticas, ou do bem a que se negas.
Quando fechardes os olhos, e este dia há de chegar, o que te servirá cada escudo que usaste para esconder-te de ti mesmo? De nada te servirá as máscaras morais que usas em cada segmento de tua vida. Serás órfão de pai, serás órfão de tudo. Pois serás só matéria que aduba a terra. Teus melhores sonhos neste dia, serão reduzidos ao sonho mais medíocre do mais medíocre homem. E de todo teu poder e fortuna, te sobrará apenas um buraco no  chão, e olhe lá se isto to derem.
Por que, então, não viver o hoje como o dia mais precioso de nossas vidas? Por que não valorizar a sensação de sentidos que a nós nos é facultado? Para que querer ser maior ou melhor, igual ou diferente, se podemos ao abrir dos olhos sermos nós mesmos?
Seja você, o quanto puder, todos os dias; e se alimente do desejo de explorar este lugar convencionalmente chamado mundo. Porque nalgum momento irás partir. E donde vais, nada se sabe; nada se conhece; tudo se teme, se é que há algo além da interpretação da morte.
Contudo, nosso orgulho continua maior que nossa visão e continuamente nos aprimoramos e ser piores que o que demonstramos ser. A nossa natureza é má, nossas necessidades superam o devido amor.
“Enfim, quando olho além de mim, posso facilmente reconhecer todos os outros como a mim mesmo”. Pois deixo de ser, para sentir cada um deles; compartilhando cada medo, curiosidade, temores; participando deles, sabendo que são tudo que sou. E, embora, estejamos destinados ao mal e ao fim, ainda podemos partilhar do bom e terno sentir.
O que é o homem sem outro que o permita reconhecer-se como tal? “Na vida, nossas espécies são os espelhos mais bem projetados que podemos ter”. E partindo da ideia que o outro, nada mais é que uma projeção de mim, posso, assim, viver melhor. Pois farei o que estiver a meu alcance por sua preservação; claro que pensando ser a nossa própria, ou não?

Assim definido, poderá nascer uma esperança real, não para o fim, mas para o inicio de um mundo melhor. Porque, meu irmão, em nada me interessa a morte. O que me prende toda atenção é só e somente a vida e todo seu espetáculo de egoísmo. E viver é a única verdade que me resta.

Que possamos, assim, abandonar todo vitupério que carregamos. E que paremos de vender nossos valores, para que uma árvore cresça e frutifique na porção de terra que escolhermos adubar.

APRENDIZES DA RELIGIÃO


Ó pobres e infelizes homens, que tão cedo aprendem que a culpa é saída e que remorso os isenta de toda e qualquer dor. Que olha o mundo acreditando de fato poder enxergar. Por que tendes a aceitar que no oculto te redimes? Sois, ai, menos criminoso de consciência?  De que o oculto te esconde senão só de ti mesmo? Me dizes: - e não seria suficiente?
O que é moral meu caro leitor? O que é certo? Seria este um texto baseado só em perguntas ou as respostas já estão ai?
Tenho para mim que existe certo prazer, não no errar, digo moralmente falando, mas, no culpar-se. E a ideia de um deus misericordioso se encaixa como forma perfeita, pois, nele, tudo é remissão.

Ta ai o prazer do pedir perdão; do voltar ao “primeiro amor”; do ser, enfim, aprendizes da religião.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

" O SISTEMA"

Eu vejo a corrupção acolhida como um sistema de governo. Ideais vendidos. Fanatismo promovido em todas suas formas. Homens que manipulam resultados, que burlam regras e lutam em nome do "poder pelo poder". Vejo uma sociedade desmoralizada, corrompida. Ao mesmo que percebo timidamente (não suficiente) a revolta ascendente de uma parcela ínfima da sociedade. Contudo, esses homens que carregam o estado em suas costas não sabem se organizar na luta por seus projetos. "SÃO HOMENS DE VONTADE, MAS NÃO DE FORÇA". São guerreiros numa batalha já decidida. O que podem fazer? 
Eis ai, o que podem não fazem, e o que fazem, quando fazem, o fazem da maneira errada.
Toda forma de domínio articulada e posta em prática atualmente é baseada na subserviência do homem sobre o homem. Aquele que goza de posição de maior destaque social e financeiro articula/manipula toda parcela restante.
Nós, como servos obedientes, "cordeiros" por natureza, nos entregamos a seguir os propósitos de "homens superiores". Absorvemos seus ideais e numa segregação política simplesmente lutamos irmão contra irmão. Tá ai, instaurada a divisão partidária que no fundo você nem conhece. Acolhemos como nosso tudo que não decidimos e que nem ao menos participamos da construção.
O princípio básico é que somos demasiado covardes para querermos entendê-la. Porque se a entendermos, duvido que continuemos a aceitá-la.

A miséria da ignorância

Olhe nos olhos deste faminto morimbundo que caminha cá descalço neste sol castigante do verão; você verá que ali há dor escondida. E saberá que o culpado também é você. Somos culpados da desgraça que acomete nossos irmãos, se não em todo, em parte, então. Somos culpados pelo bem que deixamos de fazer. Ora, não temos a obrigação de resolvermos os problemas do mundo. Claro que não. Mas, se a um único homem tirardes dele a fome e o frio já és tão grande quanto os "deuses do Olimpo". Ignoramos os desprovidos, carentes, perdidos. Porque temos medo de fazer algo; sim, o medo de fazer o bem. E, que, meu irmão, não seja por títulos, glória ou honra, apenas por amor, este tão difundido e que pregas com afinco. Perdoe-me aqui, mas a ferida é curada com remédios, não com palavras. De que me serve pregar um "deus" e ignorar a fome, percebe? Somos hipócritas lutando pela conquista de "almas" para nosso reino. É uma luta e não por amor ou em seu nome. Eu sinto asco de mim, só por saber que sou parcela deste mal que tange a humanidade. Por saber, meu caro, que o bem que poderia fazer foge de mim e o mal do qual escondo a face me é realidade contínua.
Rogo-vos, na pura razão, que lutes contra a miséria da ignorância. E que a teu parecido possas estender tuas miseráveis mãos. Porque sei que muitos não entendem, e poucos que entendem se negam. Vê?
Está a nosso alcance, isso, o bem. Porque facilmente o negamos como se não fosse esse o nosso dever?
Como um certo alguém outrora disse e delas faço minhas, as palavras: "Que a nossa religião seja fazer o bem".
Lamento do fundo desta singela alma que sejamos tão mesquinhos e medíocres a ponto de esquecermos dos nossos irmãos que por culpa ou necessidade vagueiam nas vielas sem pão. Peço perdão a vocês se vos dou agora somente palavras, porque sei que não alimentam, nem curam, mas agora é tudo que posso oferecer...
...Mas não é tudo que tenho.

Ninguém se Importa!!

Sabe de uma coisa, ninguém se importa!
Exatamente isto, ninguém da a mínima para o que você possa vir a sentir. As pessoas são fúteis, desprezíveis; é a nossa natureza, não tem como dela fugir.  E quando "fingimos" sentir algo é só por interesse nesse jogo de manipulação.
Porque, no fim, ninguém se importa.
Quão vil é a "pena", que cria no homem a falsa ideia de que está de fato preocupado com a necessidade do outro. Que "pena" sermos assim.
Quantos podem ouvir-te e dar-te conselhos? Sem dúvida muitos. E com propriedade os teus mais próximos isso o farão. Contudo, nada significa; a não ser a vaga ideia de se "importar" sendo passada. No fundo, o próprio ego remete à sua consciência que eles também têm problemas e cabe a cada qual superá-los da maneira que melhor lhes convier. Não existe verdadeiro altruísmo.
Talvez você discorde do que fora dito por acreditar que não é parte neste ou deste meio; por achar que não se enquadra nestas palavras. Mas, eu sei que você bem sabe que no fundo ninguém se importa. Você, caro leitor, é prova incontestável do que digo por que neste momento você não quer saber o quero passar, simplesmente não te importa. Ora, eu também, a final, porque me importaria?
Calma, não é o fim do mundo. Até porque você disto já sabia. O pior de tudo é você esperar mais dos outros que de si mesmo. Esperando a solidariedade e um braço estendido para se recompor; quando o mais justo a se fazer é tomar uma dose de "Narciso" e se reerguer em silêncio, sem necessitar do valor que damos a importância dos outros. Porque, caro amigo, embora eu não me importe com a sua vida, sei que ela é igual a minha; e porque, então, não compartilharmos da mesma visão?

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Háaa.... ELE NÃO É NADA!!

De fato a maior criação do homem foi deus. Nenhuma de suas mais variadas e complexas ferramentas, artefatos ou equipamentos se compara a deidade outrora criada. Entre tantas necessidades uma tomou uma forma central em nosso ser. Não me refiro ao invento fogo, roda ou qualquer tecnologia antiga ou moderna. Não, não há espaço entre elas para analogias ao advento maior. Deus, como um ser criador, surgiu da necessidade humana de fé. Em nome de esperanças deu-se o advento religião, que por hora e sempre vem consumindo toda e qualquer liberdade humana. Do desejo de ceifar boas colheitas; da ânsia de superar seus medos; dos instintos mais básicos, fome e sede, surgiu aquele que nos supriria de todas as necessidades. Adorar em troca de realização seria então apenas uma barganha clássica? Seria este o principio do comercio contemporâneo que até hoje nos circunda? Ele, o objeto de nossas mentes medíocres e inferiores até hoje se aprimora e se aperfeiçoa em todos os povos. Não os culpo, afinal, quem nunca levantou nalgum momento os olhos aos céus em busca de respostas e até socorro? Poucos, ou mesmo nenhum homem, e aqui incluo os mais céticos. Todos nós nalgum momento tivemos o momento de fé naquilo que não se vê. É sem duvida um abrigo que nos acalenta na dor. Contudo, não devemos permanecer escravos da nossa própria criação. Nós o geramos; o concebemos e o santificamos em todas as raízes históricas e civilizações já existentes. Somos a massa crédula remanescentes dos nossos antepassados. O deus religioso contemporâneo que hoje acreditas é uma estrutura social. Sim, ele nos é dado geração a geração. Desde o principio de sua criação o recebemos de braços abertos, pois nele temos a sensação de reconforto e nos sentimos isentos da culpa dos nossos erros morais. Um deus cultural a nós é dado continuamente e cegamente. Pergunto-me ao mesmo que me respondo: devo crer que algum ser primeiro nos deu o fôlego chamado vida? Ora, neste ponto há muitos problemas a ser esclarecido e debatido. Mas, em parte, de antemão, ouso tal resposta: não acredito que de fato haja um ser que possa receber este mérito de deidade, ao mesmo que, tudo em sua forma, e aqui me refiro a existência propriamente dita, teve em si um estopim inicial, não como a obra da criação de alguém, e sim, uma evolução natural da própria existência. Sendo assim, uma combinação de tudo que há ante o caos do qual viemos.  E vejo que definir-se hoje como cristão, budista, judeu ou qualquer outra denominação preexistente é apenas uma maneira de definir-se como ser social. Uma maneira de integrar-se a um meio outrora forjado; um modo de interação e até mesmo de identificação. Vê? Não tem nada a ver com deus. Não. É apenas o modo como você o quer interpretar. De como você acha conveniente entender. Mas bem sabemos que não parte do principio deus. Ele, agora, é simplesmente seu amuleto da sorte, do qual pode contar sempre que precisar e “buum” acontece, ou simplesmente você aceita que tudo é como ele quer.  É um meio de superar suas frustrações, ou não?  Quando você acredita que sua vida está nas mãos dele e que tudo é da maneira que ele escolhe, não há tantos motivos para aceitar seus fracassos. Deus torna-se então um vicio assim como o álcool, as drogas, a pornografia... Torna-se o seu vicio. Sua fonte inesgotada de prazer e remissão. Você o quer a todo momento, o deseja de toda sua mente; afinal, pra que carregar a própria “cruz” se alguém o pode fazer isso melhor que você e por você? Por que se culpar se alguém já o isentou de seu pecado? Tá ai, o seu vício. És, então, escravo de ti mesmo. Nós quem damos força aos símbolos. Nós quem os personificamos e deles fazemos grandes representações. Deus é do tamanho dos nossos pensamentos e nada mais. Se quisermos nos render a ideia de que ele é maior que nós, então ele será. Se entendermos que não o é, o efeito será o mesmo, ele não será. Ele depende que o alimentemos com fé para que possa sobreviver por mais uma geração e outra.  Não somos dependentes dele em nossa caminhada, porque simplesmente não há deus. Quão duras e difíceis palavras são estas a digerir, entretanto, não vos escrevo para o mal, antes vos falo para a concepção da verdade, e aqui deixo claro entender, da minha verdade. Pois entendo, na minha mediocridade, que é como a vossa, que a verdade liberta. Pode isto até soar clichê e cristão, todavia, o próprio cristianismo se usa destas máximas para se aproveitar de suas fraquezas e fazer com que te curves aos textos dos homens e ao deus das religiões.  Já eu, não quero que te curves a nada. Só há um caminho, a verdade, não cristo. Só há um deus, se assim o preferes, a verdade. Não Alá. Uma coisa vos rogo, e tal coisa é que largues o que não apalpas em tuas ínfimas mãos. Que abandones aquilo que não possa ser testado e comprovado. Que não acredites apenas no que te ensinaram, te disseram, te instruíram, te guiaram. Sejas tu teu próprio guia.  Que não uses o nome da fé para te apoiar nesta empreitada. Que não sejas demasiado covarde a ponto de render-se ao “eu acho”. Que não te cegues com o pão que te foi posto à mesa. Disto não tenho duvida, de que se tens o desejo de alcançar a verdade precisas primeiro ver com teus próprios olhos e convencer-se de que és tu o próprio deus e nada mais há além. Precisas acreditar no que escolhestes acreditar, caso contrário tua mente te trairá e serás como um abismo. Acredite nas suas certezas. E, referente ao deus tradicional, tu o destes a força que ele hoje tem, e graças a ti tantas guerras em nome dele são continuamente travadas. Devido a teu cego amor guiastes homens bons à morte e à tragédia sem fim. Que sejas, agora, tu, então, o caminho a ser descoberto. Toma o poder que noutro tempo destes. Que teu deus seja a verdade e que tua religião seja fazer o bem. Lembra-te, deus é quem precisa de ti para ser deus. Te dirão que não. Que a loucura te acometeu. Que estás incomensuravelmente errado. Mas hoje bem sabes que nós o fizemos de guia toda nossa vida a fim de encontrarmos algum sentido para tudo aquilo que não pode ser provado. Só queríamos um sentido para a vida. E deus foi a chave. Mas não precisamos mais de um guia criado por nossos medos e desejos. Enfim, ele não é nada mais que tua falha; ele não é nada.

 *neste texto expresso uma visão referente ao deus religioso, em nada interferindo no meu particular entendimento daquilo que vem a ser principio deus, como exposto em textos anteriores.